CHANÇABLOG 2.0

Nova versão revista e melhorada

quinta-feira, junho 01, 2006

A lenda recriada

Em primeiro lugar vamos enquadrar o acontecimento.
Numa segunda-feira de Páscoa já distante, a população de Chança confraterniza nas margens da ribeira de Seda.
O vinho aguça a imaginação e a coragem.
Cortejam-se raparigas, mostram-se feitos.
"Eu faço", "eu aconteço", "eu isto", "eu aquilo", "isso é que era bom", "então faz lá", "pois faço", "não fazes nada", "olha que elas estão a olhar", "o que é que apostas", "dá-me mais um copo que eu vou".
Estou a imaginar um diálogo parecido com este, diga-se não muito diferente dos que se possam passar hoje em dia num segunda-feira de Páscoa.
E lá foi o Abel, pai do Júlio César, com a sua pasteleira e atravessou a ponte pelas guardas.
Esta foi a versão que sempre ouvi.
Se foi nesse dia, se foi noutro...parece-me que fica bem ter sido.
E assim o mito nasceu. De tal modo que terão havido mais intrépidos aventureiros a tentar tal feito.
Sem sucesso.
Um deles foi o Zé Arado. Também numa segunda-feira de Páscoa (acho que fica bem).
Corajoso mas...catrapum!
Veio esbarrar cá em baixo.
Terão havido mais tentativas? Isso já não sei. É possível.
A lenda fica assim recriada.
Entre o que é verdade e o que possa ser, é nosso dever de manter a lenda viva.
Pode ser que...um dia...nãããã!


5 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

E assim se fez história. Já agora, uma sugestão! Por que não começarmos e recriar estas lendas e no futuro publicá-las em livro. Fica a nossa contribuição para uma memória colectiva, que a muitos aproveitará.
P.S. Apenas conhecia a segunda parte da história, quando o Zé Arado trambolhou da ponte!!!

12:19 da tarde  
Blogger Telma Dias disse...

Olá!
Gosto muito deste blog e visito-o frequentemente! Eu não sou de Chança mas os meus pais foram e temos lá uma casita.
Se eu poder contribuir de alguma forma com alguma história da terra (a minha mãe conta-me muitas) estou á disposição!

11:55 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

História do Álvaro Valadeiro:
Conta o meu pai que um Valadeiro, homem de força e destemido, uma vez encontrou dois homens à briga. Intrometeu-se dizeno: "Ou vocês se aparatam-nos dois ou briguemo-los os três". Consta que acabou ali a sessão de pancadaria

1:01 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

A minha mãe diz que quem passou a ponte foi o Abel.

1:03 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

-Truz,truz,truz!
-Quem é?
-É o Joã d'Alpalhã. Dê-mum destanzinho, se nã tever um, dá dôs, se nã tever dôs, dá um cadinho de pã.
-Toma lá
-Obrigade.. olhe dig'ó sê maride qu'ê fui pr'ó mont do sô Baginha...

4:19 da tarde  

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