CHANÇABLOG 2.0

Nova versão revista e melhorada

domingo, fevereiro 27, 2005

Margaça

Eu julgava que a Margaça
Era a mulher de algum home
Afinal é uma erva do campo
Que nem o gado a come.

"Popular"

Margaça
Posted by Hello

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Chança - O princípio

De nome Chançelaria, diz-se ser uma vila bem antiga, tendo como origem as invasões da Lusitânia pelas legiões romanas, que se fixaram nesta região à aproximadamente 2000 anos.
Deram-lhe o nome de Vila Facaia, alterado posteriormente para Vila Formosa, derivado, provavelmente a formosura dos seus campos. Neles contruíram uma majestosa ponte de seis arcos, toda em cantaria, que servia de passagem sobre a ribeira de Seda.
Pensa-se que a povoação fosse contituida por dois aglomerados distintos, ligados pelos terrenos da Chancelaria. Com o decorrer dos tempos um dos polos acabou por se extingir restando apenas a povoação que hoje existe.
O nome de Chancelaria deve-se, povavelmente, á divisão dos terrenos em propriedades livres designadas por herdades, e que, passando de pais para filhos, e por deliberação de D.Afonso III, pagavam determinada contribuição intitulada de Chancelaria. O tempo encarregou-se de eliminar as últimas sílabas formando o nome da actual Chança.

domingo, fevereiro 20, 2005

ChançaFiles - Mitos Rurais

Todos temos memórias de infância. Aquelas memórias que o tempo vai apagando até se tornarem simples imagens, situadas entre a realidade e a ficção. Mas existem situações realmente extraordinárias que sendo ficção ou realidade merecem ser contadas. Por vezes esses factos são de tal maneira estranhos que se podem tornar autênticos mitos.
Estavamos no verão quente de 75. O Alentejo fervilhava de emoções. Qualquer pequena faísca podia atear um grande incendio.
Eu estava em casa, já era noite. Subitamente ouviu-se um enorme burburinho. Algo estranho tinha acontecido no adro da igreja. Não tenho certezas de como se terão passado as acontecimentos, mas eu acho que me levaram a ver o fenómeno. Quando lá chegamos não vimo nada, assim como muitas outras pessoas que chegaram antes e depois de nós.
Conta-se que do céu veio uma luz vermelha em forma de uma foice e de uma martelo, que terão iluminado aquela noite quente de verão. Para espanto geral essa luz terá sido projectada na parede da igreja.
- Era um cometa! - diziam uns.
- Era um OVNI! - respondiam outros.
O que aconteceu realmente naquela noite de verão não faço a mais pequena ideia. Mas muitas explicações surgiram de imediato.
- Aquilo era coisas dos Russos. - diziam uns com um certo orgulho.
- Coisas do Diabo! - diziam as beatas fazendo o sinal da cruz, tentado no entanto convencer alguem (ou a elas mesmas) de que aquilo poderia ser a Nossa Senhora, em que o martelo seria a cabeça e o traço da foice o manto que a cobria.
Apesar de muitos jurarem a pés juntos que viram sim senhor, e que era assim deste tamanho, exemplificando com gestos, e vinha daquele lado, e depois desapareceu na noite assim como apareceu, eu penso que na realidade ninguem terá visto coisa nenhum.
Mas o mito ficou.
Ainda hoje tento encontrar explicações mais ou menos plausíveis para o que terá acontecido naquela noite. Uma das explicações que me dá mais gozo imaginar é a ideia de que algum ser extraterrestre, dotado de uma inteligência e tecnologia superior, tenha atravessado o Universo para projectar uma foice e um martelo, vermelho na parede da Igreja Matriz de Chança, com o objectivo de convencer a população a votar no PCP; converter as beatas ao marxismo/leninismo; promover a URSS como potência mundial, para que os americanos não mandassem mais sondas para o espaço.

Igreja Matriz de Chança
Posted by Hello

segunda-feira, fevereiro 07, 2005

Lenda da Ponte de Vila Formosa

Reza a lenda que há muitos,muitos anos, Mouros e Romanos tentavam a todo o custo contruir uma ponte. O que uns faziam, os outros acabavam por destruir. O tempo passava e a obra não avançava. Até que o engenheiro romano responsável pela obra teve a ideia de contrui-la numa só noite. Houve um reforço dos operários, provavelmente foi-lhes prometido um soldo extra, e partiram para a empreitada. A obra tinha que estar concluída antes que o galo canta-se três vezes. Tudo parecia correr bem. A manhã aproximava-se e a obra estava quase pronta. Foi então que o galo cantou. Uma vez, duas vezes, três vezes.
Era manhã, os soldados mouros aproximavam-se para mais uma batalha, e a ponte estava pronta. Ou quase. Faltava colocar a última pedra.
Parece que a batalha correu de feição ao soldados romanos. Os mouros não voltaram a estas paragens. Mas quando quiseram terminar o trabalho, por mais que tentassem colocar a ultima pedra ela acabava por sair do seu lugar.
Reza a que ainda hoje a pedra sai do seu lugar.


Ponte de Vila Formosa.jpg Posted by Hello